segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Madrugada torpe.

A noite consome-nos, com uma sede desenfreada de experimentarmos todas as formas de vícios . tentando rasgar a dor com analgésicos vis e, corpos que despem-se artificialmente por notas promissórias ou irrisórias quantias. Num instante de tortura e redenção.
Mas, nada como um banheiro sujo lascivo, o sêmen escorre ralo a baixo, e ainda assim alivia o meu cansaço. Emoção, lágrimas ou ternura são apenas dissimulação pelo fracasso.
"Deixe-me ocupar o teu corpo sem eu ser medíocre ou monstruoso" nesta eterna madrugada que tudo sombrio soa. E o sol me denunciará com a manhã, o abandono. O melhor é, a mera lembrança dos meus poetas malditos ; Borroughs, Ginsberg e Kerouac. São a geração beat e estão felizes nas suas pedras tumulares de mármore.
E novamente retorno ao meu lar, rosto pálido, abatido e furioso com a sólida solidão que o mundo me legou. Mas lembre-se de mim quando o vento lhe tocar o rosto com enorme ira, e eu estarei sentado a tua porta , num domingo, chorando baixinho. Meu Amor

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