Control (2007) filme de Anton Corbijn, narra a trajetória do Jovem Ian Kevin Curtis, o talentosíssimo cantor da banda Joy Division.
Baseado no livro da viúva Débora Curtis “Carícias Distantes” o filme mostra as facetas e decadências do rapaz franzino que se tornaria famoso por sua voz soturna e suas letras poéticas...Mostra-nos um Ian curtis intenso e cruel. Uma personalidade amargurada que parecia o tempo todo estar a procura de algo inatingível.
Ian Curtis criou uma lenda sobre si mesmo quando se suicidou, ele tinha tudo para fazer muito sucesso em vida, estava com a turnê americana fechada e no dia anterior a viagem ele decide dar cabo em sua agonia existencial.
A visão do livro de Débora Curtis é bastante afetada sobre ele, nos dá a impressão que ele não passava de um manipulador e cínico. No filme Control o diretor expressa com sutileza essas ambigüidades da natureza do vocalista, mas em suma podemos dizer que é um filme profundo e arrebatador...Não nos importa se ele traia a mulher e parecia indiferente o tempo todo...O que importa aqui é sim o talento expressado por ele em suas letras angustiadas de suas canções singulares...Ian Curtis será sempre um enigma em si mesmo, mas o Filme de Anton Corbijn nos remete um idéia do que foi o mito e o jovem funcionário de um repartição pública que escrevia poesias e nem se quer imaginava que se tornaria um lenda com sua banda.
O ator Sam Riley interpretou com grandeza a figura de Ian e Samantha Morton foi Débora a viúva traída.
O filme rodado inteiramente em preto-branco se mostra como um obra prima e dá com exatidão o clima sorumbático que envolvia o Joy Division, as primeiras cenas são ótimas, nelas vemos um jovem amante de David Bowie e poesia esse cara com o qual qualquer alma suscetível pode se identificar era Ian Kevin Curtis.
