terça-feira, 12 de agosto de 2008

As eleições 2008





Faz um mês que começou a campanha política para a corrida dos candidatos a prefeitos e vereadores rumo as prefeituras de todo país e percebemos vários fatos relevantes.
O que podemos notar é a excessiva poluição sonora, visual e etc, causados pelos carros de som, banners, panfletos, santinhos, outdoor e faixas com os dizeres de toda espécie.
Andando nas ruas somos incomodados pelo volume de som altíssimo e por pessoas entregando papéis que muitas vezes vão parar direto nas bocas de lobo, espalhadas pelas cidades, fora o incomodo de ver fotos das mais diversas caras pitorescas que mais se adequariam como palhaços do circo e não como vereadores na Câmara municipal...As músicas utilizadas pelos candidatos nas campanhas são geralmente paródias dos hits do rádio, sucessos chiclete, aqueles que nos acompanham no ônibus de volta para os nossos lares; extremamente irritantes.
Outro dado importante é o dinheiro gasto com toda essa parafernália eleitoral, esse dinheiro para não ser tão direto muitas vezes é nosso...Os candidatos sofrem de uma doença estranha na época das campanhas eleitorais, são onipresentes, estão em toda parte... Nas feiras livres, nos parques, nos centros comerciais, nas periferias e nos carros palanques acenando amorosamente até para os cachorros deitados nas calçadas, porém dado o fim do processo eleitoral e seus respectivos resultados eles simplesmente somem da vista dos munícipes, talvez para não sofrerem as cobranças das promessas feitas na histeria das fanfarras que acontecem nos comícios.
Faz 23 anos que aconteceu a primeira eleição no regime democrático no Brasil e paramos para fazer um pequeno balanço sobre o que realmente mudou...As eleições não asseguram o bem estar da população mesmo que alguns intelectuais defendam que a democracia se faz com as eleições, na prática vemos uma melhora efetiva na vida dos candidato e seus assessores... O povo continua ganhando mal, comendo mal e vivendo mal, e claro que estes mesmos cidadãos tem sua parcela de culpa neste sufrágio, mas a classe política é a classe dominante dos meios de comunicação e produção da sociedade, portanto manipulam as noticias da maneira que lhes convém. O povo carente precisa acordar desse sono pesado que se encontra pois o processo eleitoral não termina nas urnas e sim com o fim da eleição para cobrarmos o que foi prometido e perceber que política é a própria vida e merece ser tratada com seriedade e deve ser exercida por pessoas humanas que tenham o compromisso de melhorar assim que possível e dentro de todas as possibilidades a vida de cada cidadão seja ele rico, pobre, branco, negro, amarelo ou vermelho.
Desconfiem de candidatos que sujam as vias públicas e pensem de que maneira usaram o direito público para a melhora das condições de vida da sua cidade.
Não podemos votar em corruptos e esse discurso do senso comum que político é tudo igual é um discurso que vem de cima para baixo.
Quem suja a cidade com papeis de propaganda eleitoral pode muito bem sujar as mãos roubando dinheiro público.
Não venda seu voto, se achar que não têm candidatos a altura vote nulo.
Não vote em artistas o que eles poderão fazer por você?