sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Desabafo dos renegados...


Qual a função social da igreja católica e protestante atualmente?
Os religiosos que vivem no vaticano fizeram votos de pobreza? Os pastores evangélicos abandonam suas riquezas em nome de Deus?
As obras sociais empregadas pelas instituições religiosas parecem apenas um subterfúgio para a conversão dos desesperados que se encontram em situação deplorável.
Porque para receber o pão precisam aceitar a Deus?
A verdadeira caridade promovida por Jesus de Nazaré foi espontânea e norteada somente pelo bem comum e pelo amor fraterno, que, aliás, é um sentimento que temos por todos; aqueles que possuem sensibilidade humana e social, lutam com pequenos atos e palavras para a mudança de comportamento individualizado que a sociedade capitalista puritana produz.
O governo apóia ações de cunho social promovida pelos religiosos, pois assim se isenta de da responsabilidade que seria da esfera da administração pública.
“Fecham-se cinemas e abrem-se igrejas”, o espiritual é bem mais extraordinário que a cultura e o aprimoramento dos cidadãos.
Cidadãos são aqueles que têm acesso à saúde, educação, moradia e dignidade garantidas pela constituição nacional e pelos diretos humanos, que infelizmente só funcionam no papel.
As igrejas se espalham pelas esquinas como semáforos e no fundo só possuem caráter político, asseguram que os poderosos continuem no poder... Seguindo dogmatismos que se amparam na lei da bíblia colocando-nos como pecadores e blasfemos, e não podemos ser felizes neste mundo, pois temos que esperar confiante que chegaremos a terra prometida numa vida que esta porvir. Que pensamento é este? Sempre nos dizem que estamos em constante dívida com Deus e suas leis...Colhemos os frutos plantados por Adão e Eva na gênese do mundo.
Nós, ateus e afins renegamos toda essa visão deturpada da existência, somos livres de deus e do pecado, estamos comprometidos com a razão e com a ética e nada mais, prefiro ler Homero ou Shakspeare ou Wilde à Escrituras ditas sagradas.
Sem Deus a vida fica suave sem culpas e nem traumas... Nossa responsabilidade é maior porque temos a lucidez e a consciência como nossos juizes.
Se o mundo fosse dominado por pessimistas mudaríamos a realidade com facilidade porque quando nos deparamos com os religiosos percebemos que não estão preocupados com as questões práticas do dia-a-dia, mas não se abandonam...Muito menos de todos os bens de consumo que o trabalho árduo e Deus e a fé lhe deram.
Capitalismo e religião cristã ocidental estão enamorados de longa data deste o fim da Idade Média; e na colonização do continente americano os puritanos nos deram toda os sonhos... De uma nova sociedade escrava dos acumulo de capital e avareza, o homem que não trabalha com afinco e comprometimento nunca será rico e não está predestinado porque deus o renegou.

Letra: Luzes da Cidade de Eduardo Dusek

Esta letra me lembra os anos enterrados da década de 80. Na minha visão de criança, eu acreditava que o Brasil seria melhor...Mas veio a dura realidade de uma democracia falha e incompleta, onde a corrupção norteia a sociedade como se fosse certo meter a mão em qualquer lugar que provesse dinheiro.
Os heróis que lutaram contra a ditadura militar hoje são os malfeitores da nação.
Como dizia Cazuza "Ideologia eu quero uma pra viver".
Apesar de tudo me lembro dos anos da década perdida.

Luzes da Cidade
segue a letra do Vi seu olhar, seu olhar de festa
De farol de moto, azul celeste
Me ganham no ato, uma carona pra lua

Te arrastei, estradas, desertos
Butecos abrindo e a gente rindo
Brindando cerveja, como se fosse champagne

Todos faróis me lembram seus olhos
Durmo a viajar entre lençóis
Teu corpo fica a dançar
No meio do nosso jantar
Luz de vela

Aventurar por toda cidade
A te procurar por todos lugares
Pintam ciúmes na mesa de um bar
Mas você sente e começa a brincar
Diz, fica frio meu bem é melhor relaxar
Palmeira no mar

compositor Eduardo Dusek