quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A justiça defende brancos ricos ou negros pobres?



A questão do poder judiciário no Brasil é por demais controversa, os magistrados afirmam que a justiça é baseada na eqüidade, isto é, julga com igualdade os infratores da ordem social sem levar em consideração a classe social, cor e etc... No discurso dos magnificentes juizes tudo se encaixa de forma racional, porém não precisamos ser nem advogados e nem especialistas na área para afirmar que as cadeias estão cheias de negros e pobres. Quantos desses negros pobres estão anos encarcerados aguardando julgamento ou condenados por delitos banais como roubo de artigos em supermercados. Daniel Dantas, os jovens playboys que queimaram o índio em Brasília, os mauricinhos que surraram a empregada doméstica no Rio de Janeiro equivocadamente confundida com uma prostituta, como se uma prostituta merecesse ser espancada; todos estes indivíduos ricos e brancos estão nas cadeias e nos xilindrós sujos e superlotados desse país? Resposta curta e objetiva: Não!
Todos estes eminentes indivíduos são dotados de posição social elevada, são brancos e fazem parte de uma elite que adquiriu seus privilégios desde o período em que o Brasil era colônia de Portugal, viramos Império e depois República, mas as desigualdades e abusos continuam acontecendo dia-a-dia basta olhar para o lado.
Ser negro neste país é ser discriminado e não ter direito a condições mínimas para defende-se das barbaridades que esta sociedade fascista branca os condena.
O Brasil possui uma população carcerária de 235 mil presos e tem apenas 170 mil vagas a oferecer, este contingente populacional, apinhados nestas pocilgas e masmorras modernas geram uma despesa mensal de 1.200 reais aos cofres do estado, estas quantias astronômicas gastas ano após ano daria para construir escolas, hospitais e casas populares para milhares de brasileiros e brasileiras sem teto. Mas por que será que os governantes preferem manter este regime de coisas?
A justiça brasileira só condena negros pobres, os senhores que praticam colarinho-branco estão soltos aproveitando suas mansões e escondendo dólares em paraísos fiscais...Aqui tudo é permitido desde que seu pai seja juiz, artista ou político renomado.
A história oficial nos diz que os escravos foram alforriados em 1888, mas não pestanejamos em expressar que os absurdos e delitos dados ao povo negro continuam a acontecer normalmente.
“Eqüidade” é a capacidade de reconhecer a igualdade entre as pessoas não levando em questão sua cor ou classe social e este aspecto foge dos tribunais, os juizes e os grandes advogados estão aí para defender os interesses dos novos senhores de engenho e os capitães do mato atualmente vestem fardas.
Como disse o grande professor Milton Santos(1926-2001) “Nunca houve cidadania neste país” E continua a não existir para os renegados socialmente, sentimos arraigado os valores de uma sociedade que se constituiu sendo escravista e em vários aspectos não conseguir exterminar tais fundamentos.
Quem precisa de cadeias quando os habitantes são tratados com descaso e preconceitos, a cadeira foi construída para pobres e negros e não para a elite...Os políticos brasileiros batem no peito para teorizar sobre democracia e igualdade e possibilidades, mas nunca se quer sugeriram uma reforma política, econômica ou judiciária...Vocês cidadãos brancos acham que os parlamentares irão se empenhar para mudar um sistema que privilegia toda uma classe de burocratas, banqueiros e milionários brancos.
Por enquanto ainda ficaremos no campo das quimeras, esperando o dia em que este país tome um banho de ética e descarregue toda essa lama moral que imundícia nossos cidadãos.

Impudicos



Nossos corpos/ uma esfinge/ Desnudar a pele com espinhos/ Palavras que a luz do dia nunca serão ditas/ A moral escarnece nossos apetites/O que pode revelar um corpo?/ Se não a própria alma/ Negar a carne não nos apetece/quando satisfazemos a concupiscência/ satisfazemos o todo/ Revitalizar nossa pele/ é atingir o intenso escarnecer dos sentidos/ Explorar cada extremidade dos nossos pêlos/ com a língua solta em piruetas/ acrobacias insensatas/ Nada pode ser sensato na volúpia/ Estamos constantemente famélicos./Masturbações/ Gritos e apelos/O mundo está contido numa taça de vinho/Nossas epígrafes/Pervertidos/Tarados/Libertinos/ promíscuos/Selvagens
/transviados/ o destino leva-nos/ a felação./Em homenagem a natureza/ moral e espiritual/ nós nos comeremos/ homogêneos serão nossos sexos/A meta é o coito./Deliberadamente somos carnívoros/ Nossa índole/ libertina./Prezamos pela pornografia/