quarta-feira, 10 de outubro de 2007

As superstições modernas


Na visão dos religiosos de fé irracional o “diabo” é o responsável por todos os infortúnios da experiência humana, diga-se de passagem este é um ponto de vista desprovido de sentido e razão.
O diabo anda tão atarefado nos dias de hoje, ele influencia os homens a cometer os delitos e estimula-os não? Marx já dizia que a religião seria ópio do povo, e não é que ele tinha conhecimento de causa para tal afirmação.
A promessa da vida eterna e o espectro de satã são os motivos do apogeu da igreja, uma tática infalível quando se trata de pressão psicológica. Aqueles que comandam o pensamento das massas sabem bem como dominá-los sempre!
A salvação interessa ao estado e o pseudo-intelectual, reforça sua principal finalidade “o controle e estabilidade da ordem e, conforto das massas de trabalho”.
O protestantismo é demasiado pobre de interpretações e significado, pregam a bíblia como se ela fosse a voz verdadeira de deus, uma confiança inquestionável e irrefutável. A base para o controle cristão é: 1) sujeição a deus, sem questionamentos, “apenas obedeço e calo-me.” Não sei ao certo porque obedeço. 2) psicologia do medo, usa de ameaças e promessa de punição a todos aqueles que não seguem os mandamentos.
O medo da morte, e o medo da solidão são muito temidos no inconsciente das massas.
O individuo cristão é doutrinado gradualmente nas inúmeras formas de “renuncia”.
Renuncia-se a subjetividade, renuncia-se ao pensamento analítico, renuncia-se o próprio “eu”, assim todas as possibilidades de singularidade findam.
A Idade Média ficou no pretérito mais que perfeito da história, mas, os valores, temores e as crendices não se extinguiram da moral e do mundo, apenas vestiram outra roupagem.
“Prosperidade” é o termo mais empregado em nossos dias, os lideres nas suas exortações habituais banalizam tal conceito. “Castração” outro apelo exacerbado da religião em atinar os instintos e os desejos dos jovens sem vontade própria.
Os papas não se casam, apenas para não dividir os “bens” da Sta e imaculada igreja. O voto de pobreza só não se aplica no seio do Vaticano.
Indulgências também são vendidas por preços razoável nos dias atuais...
Catolicismo e protestantismo foram separados pelo ódio e pelo contexto histórico, duas pragas de velha data que conquistaram seus impérios.
O cristianismo em todas as suas correntes carece de criatividade, destruíram o paganismo e recauchutaram o mito, simplificando a gênese do mundo em sete dias, e resumiram o aparecimento dos seres vivos em apenas dois seres: Adão (homem) e Eva (mulher), e o fruto (filho) dessa sinistra relação foi o pecado original.
E o que viria a ser o pecado? Crueldade, iniqüidade, maldade, perversidade, culpa e defeitos... Estas são algumas das definições para tal assunto. Curioso é o fato de que os deuses gregos possuírem todos estes defeitos, assumindo-os para si, humano demasiado humano, enquanto na mítica cristã somos a imagem e semelhança de deus, podendo alcançar a perfeição, não na terra mas no céu.
A meu ver pecado é: a fome, a guerra, a fealdade, a falta de respeito, a indiferença, o individualismo, o consumismo doente, o analfabetismo,o desamor, a intolerância, o preconceito, sexismo, machismo e todas estas pestes derivadas do pensamento cristão; seita de vanguarda que se transformou em poder e aristocracia.
O feudalismo lhes caiu como uma luva (papas e o clero).
Viva o séculos XI ao XIII, dos horrores e das guerras santas...
Viva o surgimento da burguesia com seu pornográfico egocentrismo.
Estamos esperando o século XXI começar, longe dessa caretice e burrice vigentes.
Os donos do mundo promoverem o Apartaid, e a AIDS...