terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sociedade moderna



O que domina nossa sociedade atualmente? Violência, consumismo, desrespeito a natureza, agressão a democracia, desigualdade social e deturpação moral e ética.
Busca-se a todo o momento uma satisfação individual e competitiva... Desprezamos a todo o tempo os princípios básicos de civilidade, e depois chamamos os ameríndios de bárbaros, atrasados e selvagens. Como cuidar das nossas crianças e jovens nessa época, onde os fins dos antagonismos políticos, econômicos e sociais prosperaram, isto é, não possuímos outra visão de mundo que não seja baseada na sociedade pós-industrial, onde o capitalismo e a globalização tornaram-se um processo histórico irreversível e inquestionável.
Podemos esperar que o mundo daqui a 50 anos seja um lugar em que a hospitalidade reine absoluta e irrestrita? As grandes corporações estão preocupadas com o destino do planeta, incentivando um desenvolvimento sustentável para que o consumo seja executado levando em conta as condições ambientais do planeta e as futuras gerações?
A política tornou-se a verdadeira utopia, principalmente num país como o Brasil, construído por mentalidades coloniais e retrógradas. Nosso modo democrático e nossa prática de representantes políticos nos últimos 24 anos foram desastrosas e cheio de lacunas... Os governos de José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, FHC e Lula deram sinais que precisamos avançar e muito no que se refere aos preceitos democráticos e de bem-estar social.
O sufrágio universal tornou-se no Brasil objeto de barganha, uma espécie de mercadoria trivial; mas de forma bastante clara define os destinos de milhares de trabalhadores e trabalhadoras que lutam dia-a-dia por uma vida mais digna.
Onde se enterraram os sonhos da esquerda brasileira? Desde o surgimento da classe e luta do operariado brasileiro, e a formação de uma geração de intelectuais anarquistas, socialista e consecutivamente comunistas sempre houve manifestações e desejos por uma sociedade construída a partir de outros paradigmas, longe de todo monopólio promovido pelos grandes industriários e os latifundiários, onde as minorias nunca tiveram voz, se pegarmos os períodos históricos do Brasil: Império e República, por exemplo, percebemos que negros, mulheres e índios nunca foram ouvidos e observamos que até hoje há um certo endividamento das classes dirigentes para com estes grupos.
Como mudaremos este estado de coisas? Como disse Huxley num de seus livros: “... Todos os dias acordo nesse mundo horrendo e infernal, e é neste mundo que preciso viver, então preciso ser relativamente feliz”.
Eis a nossa principal peleja, nós, professores temos uma enorme responsabilidade para como as novas gerações, de nós depende uma visão de mundo relatada aos jovens sem parâmetros para a construção de uma nova maneira de viver.
Através da educação de um povo é que podemos medir seu nível de desenvolvimento humano, político e social. “Não se estabelece uma sociedade desenvolvida sem livros”. Este preceito não é novo, mas continua sendo desprezado pelos nossos governantes e a nossa elite.
Nossa sociedade de maneira geral é movida pela excitação e pelo entretenimento, por esta razão os livros são depreciados e não lidos. O hábito da leitura é um prazer que requer solidão, e em nossa sociedade estar só é algo absolutamente aborrecível. Falta para nossos jovens um momento de reflexão onde não sejam bombardeados pela chiadeira e ruídos que atribuem o nome de música, hoje um DJ pode pegar um liquidificador e transformar seu barulho em música, e está cumprirá seu papel de entreter as massas excitadas.
Outro modelo de comportamento muito divulgado principalmente pela mídia e pelos meios de comunicação é: “Seja próspero” estude neste colégio, use o creme dental de determinada marca, compre o carro importado e etc. Isto será aquilo que no passado chamamos de “servidão voluntaria”, como um rebanho vamos rumo ao nosso matadouro. Nossos mestres acadêmicos dizem em todas as aulas: “guardem suas críticas para vocês mesmos”. Não se pode pensar diferente, há toda uma polícia do pensamento. E ainda nos enganam dizendo que vivemos numa sociedade diversificada, onde existem espaços para todas as opiniões, mas é claro desde que essas opiniões não mudem a ordem vigente das coisas e nem faça os respeitados doutores perderem seus empregos. Parece-me que nada de interessante pode ser ensinado por esta educação bancária, como já disse Paulo Freire.
Uma triste constatação: “nossos verdadeiros heróis estão mortos e enterrados no esquecimento”.
Nossa angustia é fruto da ausência de cabeças pensantes... Formamos seres altamente informados, mas sem nenhum apego sentimental, o passado não importa mais... Vamos derrubar o antigo em detrimento do novo.
Os poetas e romancistas do século XIX foram nossos profetas e agora estão esquecidos nas prateleiras de uma biblioteca cerrada.
Na nossa infância não eram as máquinas desprezíveis que dominavam o mundo, mas os sonhos e os pés descalços que davam significado para nosso eterno contentamento juvenil, não conhecíamos o computador e o telefone, e mesmo assim possuímos uma felicidade inatingível pelo homem contemporâneo.
Os livros, os discos, o cinema e o rock entraram em nossas vidas bem mais tarde do que o comum burguês... Éramos filhos da classe operária que trabalhava duro e obtinha poucos rendimentos e pífia cultura digna de formação. A igreja quis nos transformar e para alguns foi uma espécie de salvação, para mim que sempre duvidei do sagrado e do silencioso mistério, só aumentou minha repulsa pela autoridade e santificado.

nossos dias...



Quanto tempo faz
que deixamos de chorar?
Não nos lembramos...
Nada faz muito sentido
Num mundo de concreto
E religião.
Uma existência vazia
Só pode encontrar
Em cristo a salvação...
Nós, os rebeldes renegamos
Deus e cristo
Duas criações do homem
Para atenuar nossa miséria.
Autômatos precisam da morte
Mais que possam imaginar...
Henry Ford, eis o deus do mundo
Moderno...
As guerras possuem uma meta
Distribuir pestes para os subdesenvolvidos
E lucros para indústria bélica americana...
Bush, Saddam Hussein e Bin Laden
São amigos nessa alegoria
Chamada política.
Estamos cansados de tantas mentiras
E nem falamos do Brasil
O que será de nós?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Poema de Pier Paolo Pasolini


Eu sou uma força do Passado.

Só na tradição está o meu amor.

Venho das ruínas, das igrejas,

Dos retábulos, das aldeias

Abandonadas sobre os Apeninos e os Pré-alpes

Onde viveram os irmãos.

Percorro a Tuscolana como um doido,

Pela Ápia como um cão sem dono.

Tanto contemplo o crepúsculo, a aurora

Sobre Roma, sobre a Ciociaria, sobre o mundo

Como os primeiros actos da Pós-memória

A que assisto, por privilégio censitário

Da orla extrema de qualquer idade

Sepulta. Monstruoso quem é nascido

De vísceras de mulher morta.

E eu, feto adulto, cirando,

O mais moderno de todos os modernos,

Procurando irmãos que o não são mais.



Pier Paolo Pasolini in Poesia in forma di rosa

versão de Manuel Anastácio

Baander Meinhof Komplex



Grandioso filme que conta a trajetória contundente do grupo alemão de esquerda conhecido como Baader Meinhof que quer dizer Facção Exército Vermelho ou RAF em alemão, que abalou a Europa entre 1968-1977, eles defenderam uma postura revolucionária a partir de uma guerrilha urbana que executou atos terroristas para forçar uma mudança política no cenário mundial. Na época de sua formação o mundo atravessa transformações radicais motivados pelos movimentos estudantis que tiveram seu inicio na frança e como um enxame espalharam-se pelo mundo. Havia o conflito entre USA e Vietnã, o movimento da contracultura e os hippies abalando os modelos de comportamento numa sociedade altamente conservadora como a americana.
Dentro deste contexto intrigante que exigia das autoridades dos países de primeiro mundo uma mudança marcante na política, pois os países subdesenvolvidos enfrentavam vários problemas de ordem política e social, que sem dúvida era sublinhado pela postura dos países desenvolvidos.
Baader Meinhof foi um grito poderoso da juventude e não só uma teoria de esquerda e masturbação teórica, esses jovens lançaram mão do discurso e partiram para atos de extrema violência para assim buscar uma mutação da raiz da sociedade capitalista.
O governo alemão agiu como de costume reprimiu violentamente o grupo e pensamos que aquele velho jargão: “violência gera violência” foi esquecido.
Sai do cinema atônito, como grande defensor das idéias de esquerda eu percebi que todas as mudanças que os jovens tentaram empreender no mundo ocidental foram esmagados pelas forças imperialistas e ultra-radicais de direita.
Esse filme suscita algumas perguntas para minha geração esquálida e raquítica. Qual será a próxima revolução? Será que o mundo mudará no próximo decênio? Onde foram parar os verdadeiros revolucionários? O que o capitalismo nos legará?
Eis o nosso espanto diante do admirável mundo novo...Assistam ao filme e preparam-se para um abalo mental, pois somente os autômatos não respondem a tamanho estimo intelectual e emocional.

domingo, 12 de julho de 2009

HINO DA INTERNACIONAL COMUNISTA


De pé, oh vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia o povo já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, oh produtores
Messias, Deus, Chefes Supremos
Nada esperamos de nenhum
Unamos forças e tornemos
A terra-mãe, livre e comum
Para não termos protestos vãos
Para sairmos deste antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Crime de rico a lei encobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais a todos os seres
Não mais deveres, sem direitos
Não mais direitos, sem deveres
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificam tal riqueza
sobre o suor de quem trabalha
O produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ele o restitua
O povo só quer o que é seu.
Fomos do fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos trabalhadores
A corja vil e cheia de galas
Nos quer a força, canibais
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais
Somos o povo dos ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a terra aos produtivos
Oh parasita, deixa o mundo
Oh parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Desta luta a final
De uma terra sem amos
A Internacional.

serena grandi

domingo, 17 de maio de 2009

domingo, 29 de março de 2009

Papa Bento XVI: camisinha Proibida.



Estava lendo um artigo sobre o Papa Bento XVI, e observei como a maior autoridade da igreja católica tem opiniões um tanto quanto ultrapassadas.
O religioso em questão é contra uma série de coisas. Vejamos um exemplo mais importante...O supremo Papa defende ferrenhamente o não uso da camisinha, camisa de Vênus ou o surrado preservativo. Em pleno século XXI como pode um doutor em teologia defender ideias tão retrógradas? O preservativo em tempo de AIDS torna-se primordial, pois os seres humanos são naturalmente sexuais, daí a relevância da defesa do uso de tal proteção que garante a vida.
Concluo um raciocínio: a igreja católica e sua liderança não deixaram os pensamentos da Idade Média; então não evoluiu, mas continua nadando em intolerância e ideais suspeitos e pouco inovadores...Para uma sociedade globalizada e em constante mutação.
Para usar o contexto histórico no meu argumento posso salientar que a partir da década de 60 o mundo atravessou inúmeras mudanças no âmbito comportamental, houve a Contracultura e a revolução sexual, onde pessoas podiam fazer sexo em ter que contrair matrimônio. As mulheres ganharam voz para defender seu próprio prazer, e descobriram a pílula anticoncepcional que sem dúvida mudou os rumos dos comportamentos...Diante desses fatos como a Igreja Católica Romana ainda defende idéias tão obsoletas? Resposta: todas estes questões estão diretamente ou indiretamente ligadas aos principais dogmas. O sexo para eles tem que ser feito através do casamento para procriação e assim sendo a formação da família. TFP (tradição, família e propriedade), eis os axiomas da igreja de ontem e hoje.
Citaria mais alguns exemplos de retrocesso, são contra o aborto (mesmo no estupro), são contra o casamento homossexual, são contra o rock n´roll e defendem a virgindade. Dá para ser católico? Respondam vocês amantes do velho e bom sexo e rock.(risos).
Papa Bento XVI não tem somente cara de mal, mas encarna as caretices dos seres medievos que acreditavam que tudo era vontade do deus onipresente, onisciente e onipotente entre outras coisas o pecado uviversal cometido por Adão e Eva.
Senhoras e senhores brasileiros deixaremos de transar por falta de camisinhas? Obviamente que não, as gerações dos anos 60 e 70 lutaram demasiadamente para nos deixar este magnífico legado; o que não desejamos é ver uma sociedade repleta de aidéticos e cheia de crianças sem o mínimo de condições de dignidade para defender a vida. Será que a perda de fieis do catolicismo não está ligado a tais pensamentos? Não sei, o Brasil continua sendo o país mais católico do mundo.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Morrissey cria polêmica com nu



O bardo inglês morrissey causou polêmica ao divulgar uma foto de divulgação do seu mais recente single “I'm Throwing My Arms Around Paris”, na imagem em questão o cantor e sua banda aparecem nus cobrindo o sexo com um disco de vinil de 7 polegadas.
O jornal britânico The Guardian disse o seguinte:
"Para um cara que entendeu tão perfeitamente que o truque do pop star perfeito está nos detalhes isso é deprimente", afirma o texto. "O dia em que o homem que um dia definiu a arte de capas iconográficas começa a pegar dicas visuais do Red Hot Chilli Peppers é o dia em que a música morreu".Agora convenhamos porque criticar tão severamente alguém que já contribuiu tanto para a música pop...Morrissey chegou num ponto de sua carreira que não precisa provar nada pra ninguém, e a crítica inglesa sempre pegou pesado com ele, esse foi um dos motivos que fez se mudar da Inglaterra. Como disse Oscar Wilde: “O que pode revelar um corpo, além do próprio corpo”.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Viva o Carnaval/ Morre o sr. Sérgio Naya.



Morre o respeitado ex-deputado Sérgio Naya, 66, de infarto na Bahia. Para entender porque digo que o excelentíssimo Senhor em questão merece citação voltemos ao passado.
Sérgio Naya era dono da empreiteira que construiu em 1998 o edifício Palace II, no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, e que tragicamente veio a desmoronar no mesmo ano, matando 11 pessoas e deixando aproximadamente duas mil famílias desabrigadas.
Foi absolvido por todas as suas responsabilidades, e ainda possuía bens de luxo e um hotel nos E.U.A.
Com esta morte repentina desse corrupto e péssimo exemplo de empreendedor, esperamos que a justiça brasileira conceda os benefícios para todos os envolvidos na tragédia, pois as ações tramitam até hoje, e das 120 famílias, 110 receberam entre 15% e 20% dos valores respectivos e o restante das famílias nada receberam.
Este caso do Sérgio Naya nos mostra como o Poder Judiciário brasileiro é burocrático e arbitrário, porque deu prerrogativas para o mesmo por ser ex-parlamentar absolvendo-no no processo em juízo.
Presto digna solidariedade a todas as famílias envolvidas neste lamentável caso e, esperamos que justiça seja feita, e que esta morte não se transforme em queima de arquivo como tantas outras.
Carnaval do Rio 2009: com a crise financeira que assolou o país neste começo de ano, os patrocinadores do Carnaval carioca pularam fora do barco e as escolas de sambas e agremiações tiveram que ser socorridas pelo famigerado dinheiro público, isto mesmo respeitável cidadão. A Prefeitura do Município do Rio de Janeiro desembolsou R$ 4,8 milhões e o estado a mesma soma e outra estatal a Eletrobrás R$ 3 milhões.
Agora pausa para uma básica reflexão: que o carnaval é tradição nacional e faz parte da cultura brasileira nos já estamos carecas de saber, porque além de nos dar inúmeras alegrias e três dias de descanso, ainda aquece a economia trazendo turistas de todo mundo para gastarem seus amados dólares em nosso país, porém o que me assusta é perceber que quando o assunto é educação os recursos estão sempre pífios.
Porque o governo do Sr. Lula não mostra o mesmo empenho para conseguir recursos para a pasta da educação como faz para conseguir para a festa popular? Haja vista que o próprio presidente sugeriu que a Eletrobrás doasse a quantia relatada acima.
Bem, sei que os mais reacionários e tradicionais irão me chamar de radical extremista, mas sou contra o uso de dinheiro público para tais fins, ou melhor, se querem financiar o carnaval tudo bem, mas porque não financiam o teatro, o cinema, a música e todas as manifestações artísticas dos vários artesãos espalhados por este país. Há financiamento nestas áreas que acabei de citar, mas em numero bem limitado e manifestações artísticas no Brasil ainda tem conotação elitista, pois não leva o grande público para as arenas e os shows.
Desde a época colonial educação e cultura sempre estiveram atreladas a determinadas classes sociais, isto é, uma faz arte e cultura e a outra não assiste e não tem cultura na visão da primeira, e quando assiste e faz cultura torna-se massificação como o carnaval, porque quem usufrui o carnaval não são aqueles que trabalham o ano inteiro nas escolas, mas sim uma pequena classe de pseudo-artistas, que vendem sua imagem por alguns minutos de fama e reconhecimento. Os brasileiros e brasileiras que constroem o carnaval nos barracões das agremiações terão de trabalhar na quarta-feira de cinzas, enquanto os gringos voltam de avião para suas respectivas casas.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Zeitgeist (2007)




Documentários amador do americano Peter Joseph, que causou muita polêmica na Internet, e entre os religiosos de plantão.
Dividido em três partes “Zeitgeist” termo alemão que significa “Espírito do Tempo” tirado da filosofia, o filme desmonta os vários mitos e acontecimentos que norteiam a sociedade norte-americana, e por conseqüência o mundo, pois vivemos num aquário globalizado e interligado pela economia, política e a ciência.
No primeiro capitulo o autor sustenta que Jesus Cristo é um plágio descarado dos mitos antigos e coloca em xeque sua real existência, e demole de forma irônica e inteligente a existência do Deus dos dias atuais que mais se parece com um banqueiro do que outra coisa, haja vista as denominações evangélicas americanas que se espalharam pelo mundo pregando uma prosperidade apenas material e pouco espiritualizada. Aqui no Brasil conhecemos esses tipos muitos bem...A partir de 1980 foram criadas inúmeras igrejas que só arrecadam dinheiro e ludibriam seus queridos fiéis. Lembram-se do casal que entrou nos EUA com 50 mil dólares dentro da Bíblia Sagrada sem declarar a receita americana? E por aí vai a falcatrua em nome do Deus cristão branco protestante.
Na segunda parte trata de desmistificar os ataques de 11 de setembro de 2001, trazendo especialista no raro de construções e estudiosos, o capítulo em questão diz que os atentados foram realizados pelas grandes corporações americanas e seu governo, com o intuito de criar um clima de terror e novas guerras para desses eventos funestos tirar todas as espécies de vantagens e benefícios de cunho econômico.
Na terceira parte trata do mercado financeiro americano que desde sua formação dita as regras, para que um pequeno e restrito grupo de poderosos ganhem seus lucros através das sistêmicas crises financeiras que o mundo atravessou desde Primeira Guerra Mundial (1914-1918), passando pela Grande Depressão (1929).
Documentário de uma oratória impecável, imprescindível para os dias atuais, em que o mito supera a realidade e qualquer informação vinculada nos meios de comunicação muda irrefletidamente a maneira de pensar dos indivíduos médios e das classes manos abastadas.
O misticismo cristão e suas crenças extremistas nos afastam dos verdadeiros problemas universais que permeiam os meios políticos, econômicos e sociais, enquanto a crença e a fé sobressaírem-se à razão o mundo estará atolado em barbárie e miséria.
Os poderosos que ficam atrás da cortina utilizam a religião como forma de controle social, não sou contra aquele indivíduo que mantêm sua fé, sou contra aqueles indivíduos que deixam a religião pensarem por eles.
Estado e Igreja são companheiros de longa data e desta união mais que perfeita o mundo se fez em sangue.
Relatos de estudiosos nos demonstram que o jovem médio americano está conformado com sua alienação e a qualidade de ensino caiu consideravelmente nos últimos governos (Pai Bush e Filho Bush), a leitura que possuem do mundo vem do consumo e da tecnologia, e como o mundo consome sua cultura.
“Zeitgeist” não foi para as grandes redes de cinema e não esteve em cartaz, mas não deixa de ser uma visão interessante sobre os mitos que fazem parte da natureza mental da maioria das pessoas... É um contraponto para as verdades absolutas que recebemos desde o nosso berço e que nos dá uma sensação muito nítida que fomos enganados para garantir que uma pequena parcela da sociedade viva nos explorando.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Peter Murphy no Brasil. 14/02/2009


No próximo 14 de fevereiro o Brasil recebe o cantor britânico Peter Murphy, ex-vocalista da lendária banda Bauhaus.
Pela segunda vez no Brasil, o vocalista de performance singular nos palcos fará um show certamente vibrante.
O vocalista deve desfilar seus principais sucessos da carreira solo e esperamos que algumas pérolas do Bauhaus sejam entoadas.
Os ingressos da pista variam de 60 a 120 reais e a casa será o Via Funchal, na vila Olímpia-SP, previsto para às 22h...Provavelmente uma horda gótica estará no recinto para ver o cara que canta no início do filme “Fome de Viver” e sua voz sorumbática e visual característico.

Novo álbum do bardo Morrissey


O cantor britânico Morrissey, ex. Smiths deve lançar um disco de inéditas em fevereiro deste ano. O nome do novo trabalho já foi anunciado “Years Of Refusal” que quer dizer “Anos de Recusa” e sem dúvida ter vir recheado de crítica e sarcasmo características marcantes na obra do cantor.
O disco está previsto para o próximo dia 16 de fevereiro e pode ser encontrado na Internet para os mais ansiosos faixa a faixa.
O novo trabalho conta com participações especiais como: Chrissie Hynde, do Pretenders e o guitarrista Jeff Back...O single I'm Throwing My Arms Around Paris está na rede embalando os fanáticos impacientes.
Morrissey declarou recentemente que talvez esse seja provavelmente seu último disco e dá sinais que se dedicará à escrita de livros, o mesmo já prepara sua autobiografia sem data de lançamento.
Morrissey sempre será respeitado como um grande cantor e compositor e sua conduta como ser humano sempre esteve em acordo com seu discurso na maioria das vezes.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Areia da Ampulheta (Raul Seixas)


Eu sou a areia da ampulheta
O lado mais leve da balança
Balança que não me aguenta
O ignorante cultivado
O cão raivoso inconsciente
O boi diário servido em pratos
O pivete encurralado
Eu sou a areia da ampulheta
O vagabundo conformado
Sem nunca se ter reformado
O que não sabe qual o lado
Espreita o pesar das pirâmides
Cachaceiro mal amado
O triste-alegre adestrado
Eu sou a areia da ampulheta
O que ignora a existência
De que existem mais estados
Sem idéia que é redondo
O planeta onde vegeta
Eu sou a areia da ampulheta
Eu sou a areia
Eu sou a areia da ampulheta
Mas o que carrega a sua bandeira
De todo o lugar o mais desonrado
Nascido no lugar errado
Eu sou, eu sou você

domingo, 25 de janeiro de 2009