segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Copacabana (na madrugada de 28.12.2003) ouvindo Maysa


enrolando um baseado
os poetas rondam...
clamamos uma oração pagã
apetecemos bons presságios...
o mar comemora sua beleza
como um narciso.
As ondas ninam
o milésimo desespero
que nos cerca.
A praia vai apagar a madrugada,
solitária.
Meu companheiro e sua prostituta novata
apenas matam o tempo trepando
histericamente.
Cazuza, me olhou de longe
com seu terno branco
que refletia o que vivera ali.
O firmamento e o mar,
a brisa confortante
o uivo do lobo
na pedra do arpoador...
cheguei aqui com vinte anos
de atraso, e eles estão mortos...
mas nem por isso
não deixou de ser digno...
só me resta um cigarro.

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