segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A flauta mágica

As noites de vigília,
o olhar cerrado
eu apenas concebo
sua face...
A tênue fronteira que afasta
os dias do amor
e as horas que nos dividem
são eternas e incansáveis.
Enche a minha pele
da vossa intensidade...
Salienta a ternura com palavras
que nunca foram escritas...
sabote minha saudade
visitando-me em pleno
crepúsculo.
Nós, não somos ilhas
como os outros...
ou satélites a deriva
Na escuridão...
nós somos,
fidedignos amantes.
Trago o sândalo
a erva cidreira,
o cravo
e a flor de lis
trago o poema
da Idade Média
ofereço-lhes aos
deuses imemoriais
o meu destino
em troca dos lábios
dos leões.
Enquanto celebramos
nossos desejos
com afago
os alaúdes
ressoam as cordas
intimamente.
Despir vosso corpo
para o vislumbre
branco do seu
esplendor...
Só conheço um preceito:
o de te amar.



P/ Ana 24/07/07 C.V.W.

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