segunda-feira, 17 de setembro de 2007

As aflições do deserto

Nas alturas distantes dos sentimentos
Nos delineamos nossos amores.
Amores esparsos, amores incompreensíveis
Ou simplesmente amores...
Quantas queixas o coração levanta
Tantas renúncias em forma de silêncio.
Envelhecemos e não entendemos
O curso da vida
Na sua mais invisível mutação.
Quantos solos ermos ainda atravessarão
Meus amigos?
Tenho refletido sobre a aflição alheia,
E uma fileira de consternação
Usurpa-me o peito...
Há uma dicotomia
Entre o mundo e os seres
Gerando um terceiro conceito,
o desamparo...
Quando passarmos pela porta
Qual será nosso prêmio?
Eu tenho um amigo magoado,
Ele diz que perdeu tudo...
E eu amofino minha órbita.
Eu poderia rezar por você
Mas eu não sei
Rezar...

P/ meu amigo poeta Fabiano Calixto

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