domingo, 13 de abril de 2008

A queda


Enterre meus poemas na curva do Rio Nilo
queime o meu corpo
e deposite minhas cinzas
entre as flores
na costa do mar...
Minhas idéias e amores
flutuaram até meus inimigos
fidedignos.
Há lembranças que jamais
demitem-se de nós,
idêntico ás batidas do sino
da velha igreja em pedaços.
Quando eu morrer
almejo somente um desejo
encontrar-me com meus amigos...
A música será eterna
mesmo dentre nossos resíduos mortais.

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